A pegada de carbono é um método utilizado para emissões de gases do efeito estufa (dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, lorofluorcarbonos e ozônio) durante a fabricação de um produto, atividades agropecuárias, prestação de serviços, eventos etc. Seja qual for o gás, para efeito de medição, é convertido em carbono equivalente.
Qualquer atividade humana é responsável, em maior ou menor escala, por emitir gases do efeito estufa. Porém as indústrias, os eventos de grande porte e os latifúndios produzem a maior parte desses gases nocivos. Utilizando a pegada de carbono, é possível avaliar os impactos que nossas atividades provocam na atmosfera e como isso interfere nas mudanças climáticas causada pelo lançamento de gases de efeito estufa a partir de produto, serviços ou processos.
Assim, podemos entender como nossos hábitos de consumo impactam no planeta. Na outra ponta, há a pegada ecológica (ou ambiental), que mede a quantidade de Terra necessária para sustentar o estilo de vida da humanidade, ou seja, quanto das pegadas de carbono as áreas bioprodutivas (como florestas e oceanos) conseguem absorver naturalmente. Nos anos 1970, quando esses conceitos foram criados, a pegada de carbono representava uma pequena parcela da pegada ecológica.
Atualmente, estima-se que a pegada de carbono represente mais de 50% da pegada ecológica. Nosso modo de vida é bastante predatório, pois emite cada vez mais gases, além da biocapacidade (capacidade de absorção) da Terra. Pra se ter uma ideia dessa relação: um quilo de carde de gado emite na atmosfera, ao longo da cadeia produtiva (do pasto à mesa), mais de 700 quilos de CO2 equivalente; e uma calça jeans, somente para ser feita, emite cerca de 35 quilos de CO2 equivalente.
Enquanto uma árvore absorve entre 15 e 20 quilos de CO2 ao ano. Por isso, é importante calcular quanto CO2 equivalente nossas atividades produzem, a fim de minimizar os danos causados e evitar a sobrecarga dos recursos naturais.
A única maneira de diminuir a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera é mudar os hábitos de consumo. Desde pequenas atitudes diárias até grandes alterações nos processos produtivos industriais.
Em casa, é possível mudar o cardápio do dia a dia, ingerindo mais hortaliças que carnes; utilizando menos o carro, principalmente quando for percorrer pequenas distâncias. Também se deve preferir alimentos orgânicos; reciclar o lixo; utilizar embalagens e sacolas retornáveis; reutilizar água da chuva para regar plantas ou lavar áreas externas; compostar resíduos orgânicos são exemplos de mudanças de hábitos simples, que podem ser implantadas em qualquer rotina.
As empresas, de qualquer setor ou porte, devem:
Optar por fontes limpas e renováveis de energia é uma ótima saída para reduzir a emissão de CO2 equivalente na atmosfera e contribuir com o meio ambiente. A energia solar não contribui para o efeito estufa, não necessita de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica, para cada um metro quadrado de painéis solares instalados preserva-se mais de 50m2 de terras férteis que poderiam ser inundados para a construção de uma nova usina hidrelétrica.
E tem mais, 1/10000 da energia solar que o Brasil recebe anualmente, se convertido em energia elétrica, seria equivalente – ao mesmo período – a duas vezes a energia vinda das termelétricas, quatro vezes a energia das hidrelétricas e a mais de 50% do petróleo nacional.
Além de causar impacto praticamente nulo e reduzir a pegada de carbono de sua empresa, o investimento feito para instalação de painéis e geradores de energia solar fotovoltaica se paga, em média, em cinco a sete anos, e a economia na conta de luz pode chegar a 90%.